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Mesmo aposentada há anos, Yamaha XT 660 R é até hoje lembrada com carinho e saudosismo. Em muitos casos, idolatrada, especialmente em grupos específicos (e exigentes) como muitas forças policiais. No entanto, o modelo saiu do mercado antes do tempo e não ganhou substituta. Entenda o que aconteceu com esse sucesso!

Yamaha XT 660 R

Apesar de completamente diferente, a famosa Yamaha XT 660 R carregava consigo toda a história construída pelos modelos antecessores, XT 600Z Ténéré e XT 600 E. Entretanto, a 660 não compartilhava sequer um parafuso com a velha XT 600 E. Tudo da “XTzona” era novo e aperfeiçoado.

O modelo tinha ênfase na sua capacidade de uso misto. Para isso, sua altura de suspensão a  ajudava a superar obstáculos. Já na cidade a largura do seu guidão prejudicava em manobras entre os carros. Mas as respostas rápidas do seu motor compensam tudo isso.

A XT 660 R era movida por um monocilíndrico de 659 cm³, com comando simples no cabeçote, com 4 válvulas. O propulsor fazia o conjunto da moto atingir potência máxima de 48 cv a 6.000 rpm. Já o torque, bastante elogiado, garantia 5,95 kgf.m a 5.250 rpm. Nada mal considerando a época de lançamento, 2005. Quase 20 anos atrás!

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Aposentadoria precoce? 

No dia 31 de janeiro de 2018, a Yamaha comunicou a aposentadoria da XT 660 R. O modelo chegou ao final da sua linha de produção sem muitas explicações e, o pior de tudo, sem substituta! Aliás, naquela época a XTZ 660 Ténéré, que vendia menos, já havia sido aposentada. A irmã deixou as lojas ainda no início de 2017.

A razão principal da descontinuidade da moto foi a resolução do Contran número 509. A novidade exigia que todas as motocicletas de média ou alta cilindrada produzidas no Brasil (ou importadas) deveriam ter ABS – coisa que a XT não tinha.

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Diga-se de passagem, a norma começou a vigorar em 2016 e seu calendário foi aposentando modelos do mercado pouco a pouco, até chegar na 660 R, que não foi atualizada pela fabricante. Muitos se perguntaram ‘mas não bastava adaptar um sistema ABS para o modelo?’.

Falta da velha XT 660R é maior porque a Yamaha até hoje não trouxe ao Brasil a substituta Tenere 700 – uma interrogação frequente dos fãs da marca!

Na Europa, a XT 660 R já não estava disponível desde 2016, quando começou a se falar na substituta Tenere 700, mostrada como protótipo pela primeira vez no EICMA daquele ano. Mas em função de decisões referentes a custos, a Yamaha do Brasil não optou por atualizar a velha XT, tão pouco em lançar a nova T7.

 

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XT 660 R sem herdeiras no Brasil

Mas e o possível lançamento da Tenere 700 no Brasil? O modelo já foi sondado muitas vezes, mas nunca chegou ao país. No início de 2023, uma entrevista de um dirigente da Yamaha reascendeu a esperança dos fãs verem a aventureira por aqui, mas a subsidiária nacional ainda não confirmou nenhuma informação oficialmente.

xt 660 r azul

No exterior, a XT 660 foi (ainda que indiretamente) substituída pela Tenere 700. Porém, no Brasil o modelo saiu de linha sem deixar sucessores

Resultado, até hoje os fãs da marca tem um vazio no catálogo trail da marca japonesa, que tem apenas as pequena Crosser 150 e Lander 250. Então, nesta altura, grande parte dos fãs da XT 660 R ou se apegaram a antiga moto ou já tiveram que migrar para outras marcas.

Fernando Santos
Jornalista amante do mundo da moto, vivendo destinos e sons. Ávido por novidades e crescido com o cheiro de motor dois tempos. [email protected]