Honda XLX 350 R: preço, ficha técnica, consumo e mais

A Honda XLX 350 R foi a última versão da família XL no Brasil. O modelo tinha visual semelhante às motocicletas estrangeiras de 600cc, com design inovador, motor mais potente, e foi nela que surgiu o tão esperado freio a disco dianteiro.Vamos relembrar este clássico nacional, seus números de consumo e potência, ficha técnica e mais.

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Honda XLX 350 R

Em abril de 1987, a Honda superou as expectativas do mercado nacional com a chegada da XLX 350 R. O modelo seguia o estilo das motos de maior cilindrada estrangeiras, com linhas mais atuais que a antecessora XLX 250 R. Além de mais potente e moderna visualmente, a moto se inspirava também na extrangeira XL 350 R.

A novidade chegou em um momento em que a Agrale ganhava relevância entre as opções de uso-misto, com a Dakar 200. A imprensa da época ainda chegou a especular um contra-ataque também da Yamaha, com uma XT 350 de quatro tempos, que nunca chegou.

A novidade XLX 350 R tinha motor de 339 cm³ e entregava 5 cv a mais que a antecessora. Assim, o conjunto gerava 30 cv a 7.500 rpm e torque de 3 kgf.m a 6.500 rpm. O desempenho também estava estava melhor em baixas rotações e acelerava de 0 a 100 km/h em 10 segundos. Já a velocidade máxima era de 138 km/h reais – pouco menos de 160 km/h no painel analógico.

A XLX 350 R ficou no mercado até 1991, já como modelo 92, e ao todo foram produzidas 40.436 unidades. A retirada derradeira da família XL aconteceu com o lançamento da NX 350 Sahara, inspirada na Africa Twin 750 à venda no exterior. Mais moderna, a NX herdou a plataforma mecânica da antecessora, mas recebeu evoluções como a esperada partida elétrica.

Pontos positivos

O ponto máximo da XLX 350 R é o seu motor forte e com bom torque, que aguenta muito bem a estrada mesmo com garupa. Apesar de se tratar de um conjunto carburado e com projeto antigo, a 350 tem sede aceitáveis, com consumo médio de 27.5 km/l numa pilotagem comedida.

Além disso, as suspensões com longo curso (215 mm na dianteira e 190 mm na traseira) superam a buraqueira do dia a dia e encorajam aventuras longe do asfalto. Por fim, agrada pela manutenção simples e projeto robusto, fatores que completam os pontos fortes aliados ao seu design clássico.

Pontos negativos

É curioso pensar que o principal problema da XLX 350 R seria resolvido com a adoção de um simples sistema de partida elétrica, hoje onipresente nos modelos à venda no Brasil. Afinal, a Honda tinha apenas uma pesada partida a pedal, que costumava castigar as canelas dos motociclistas com fortes contragolpes gerados pelo motor.

Por fim, a XLX sofre com marcas do tempo. O carburador precisa estar bem regulado para garantir o melhor desempenho e consumo, assim como o antigo motor RFVC (com cabeçote com disposição radial das válvulas) requer atenção ao comando de válvulas e tensão, que podem apresentar problemas pela falta de lubrificação.

Honda XLX 350 R vale a pena?

Estamos falando de um moto antiga, que deixou o mercado há 3 décadas, o que dificulta a missão de encontrar uma unidade em bom estado de conservação. Porém, nos referimos a um clássico nacional bastante procurado por motociclistas que buscam uma segunda moto, para expor em passeios de final de semana.

Então temos basicamente duas opções. Na primeira você encontra um modelo maltradado e não se preocupa em quanto tempo e dinheiro gastará para vê-lo restaurado. E na segunda garimpa sites de vendas de moto até encontrar uma motocicleta bem conservada e à venda, sem se importar pagar nela o preço de uma XRE 300 0km com injeção eletrônica, freios ABS, painel digital e computador de bordo. Talvez pague mais, até.

Ainda assim, a FIPE pode tenta nos ajudar a estabelecer um parâmetro orçamentário. Segundo a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, uma 1990 tem preço médio de R$ 4.208, enquanto uma 1991 custa aproximadamente R$ R$ 5.095.

Para saber mais, ver a ficha técnica ou opinar sobre a Honda XLX 350 R, acesse o Guia de Motos!