A série GS foi a primeira linha completa de motocicletas de estrada com motores 4 tempos da Suzuki. Assim, a família originou modelos como a GS 500 E, vendida no Brasil de 1993 a 2009. Com apelo esportivo, a naked chegava a entregar mais de 50 cv de potência e aqueceu a briga entre as médias por aqui, especialmente com a Honda CB 500 – relembre o comparativo entre as duas.
- Relembre o teste da Suzuki GS 500 2008
- Tem uma Suzuki GS 500 E na garagem? Opine no nosso Guia de Motos
- Suzuki Bandit 650 e 600: review com ficha técnica
Suzuki GS 500 E
A GS 500 E foi lançada em 1991 e logo depois chegou ao mercado brasileiro. A Suzuki queria atingir o público que migrava da categoria 250 em busca de mais potência e, por isso, sua principal aposta era no design esportivo e desempenho do motor de dois cilindros em linha.
Arrefecido a ar e com comando simples no cabeçote, ele girava alto, entregando 52 cv a 9.200 rpm e 4,2 kgf.m de torque a 7.500 rpm. Por aqui, dividia a preferência do consumidor basicamente com duas concorrentes, a já citada CB 500 e a Kawasaki ER-5, antecessora da ER-6N.
Segunda geração
A segunda geração da GS 500 E foi introduzida em 2001, com design atualizado. As rodas passaram a ter pintura em preto e a rabeta ganhou desenho mais arredondado. Ainda, o tanque de combustível ampliou sua capacidade de 17 para 20 litros.
Já os semi-guidões foram substituídos por um guidão convencional. A suspensão dianteira também mudou, perdendo suas regulagens. Pouco depois, em 2004, o modelo deixou de ser oferecido no mercado brasileiro.
GS 500 perdeu potência
Três anos depois de tirar o modelo do catálogo, a Suzuki resolveu trazê-lo de volta. Desta forma, a GS 500 voltou em 2007, já como modelo 2008, novamente com pequenas mudanças – outra vez, algumas negativas.
O motor de 487 cm³ perdeu potência, passando a oferecer 48 cv a 9.200 rpm e 4,1 kgfm a 7.500 rpm. Suspensão, rodas e alimentação por carburador permaneceram sem alterações. Já o visual recebeu uma leve atualização, com novas setas (iguais às dos modelos esportivos GSX-R), cores e grafismos.
Como a ER-5N ficou apenas apenas três anos e a CB 500 foi substituída pela CB 600F Hornet em 2005, a GS 500 figurou como única opção 500 no mercado nacional. Desta forma, era uma escolha mais acessível para quem queria subir de categoria e não podia investir em uma moto maior, provavelmente de quatro cilindros, como Hornet, Yamaha FZ6 e, dentro de “casa” Suzuki Bandit 650. Apesar de não ter concorrentes diretas, em 2009 a GS emplacou menos de 500 unidades e saiu de linha definitivamente.
Pontos positivos
Entre os pontos de destaque da Suzuki GS 500 E estão a robustez e versatilidade. O modelo apresentava agilidade na cidade e vigor para a estrada, com um motor com boa retomada e desempenho para manter velocidade entre 120 e 140 km/h com tranquilidade. Se você é daqueles que se importa com top speed, vale lembrar que no nosso teste ela atingiu 180 km/h reais, passando um pouco dos 200 km/h no painel.
Em comparação com a CB 500, principal concorrente, a Suzuki ainda levava vantagem peso menor, de 169 kg contra 174 kg, e melhor estabilidade, fruto da suspensão monoshock na traseira. Relembre o teste comparativo delas aqui.
Pontos negativos
Apesar da potência satisfatória do motor, seu consumo é alto comparado aos padrões atuais. No nosso teste de 2008, a média ficou na casa dos 20 km/litro, com picos de até 24 km/litro mas caindo para menos de 17 km/litro em tocada esportiva. Para se ter um parâmetro, a atual CB 500F chega aos 30 km/litro até com certa facilidade.
Além disso, a GS 500 era prejudicada por outros pequenos pontos negativos. Entre eles, a falta de um marcador de combustível no painel, o pequeno esterçamento do guidão e a falta de atualizações de seu motor arrefecido a ar e alimentação por carburador.
Suzuki GS 500 E ainda vale a pena?
Mesmo fora de linha há mais de uma década, a Suzuki GS 500 E ainda é procurada por motociclistas que querem trocar suas 250 ou 300 em motos com melhor desempenho. Afinal, o mercado de 500 cilindradas segue apresentando poucas opções ao consumidor brasileiro.
Com mecânica robusta e conhecida, a GS pode ser uma boa opção para quem encontrar uma unidade em bom estado de conservação. Também é preciso ficar atento ao ano e modelo, pois dependendo da geração itens como guidão, capacidade do tanque e mesmo potência apresentam distinções.
Para encerrar, o preço de uma GS 500. Segundo a FIPE, o modelo 1993 tem preço médio de R$ 5.114, enquanto o valor médio de uma 2009 é de R$ 10.646. Também de acordo com a Tabela, uma Honda CB 500F zero quilômetro pode ser sua por R$ 32.137.
Para saber mais, ver a ficha técnica ou opinar sobre a Suzuki GS 500 E, acesse o Guia de Motos!
Ficha técnica Suzuki GS 500 E |
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Motor | |
Tipo | 4 tempos, 2 cilindros |
Cilindrada | 487 cc |
Arrefecimento | Ar |
Combustível | Gasolina |
Potência Máxima: | 52 cv a 9.200 rpm |
Torque Máximo: | 4.2 kgf.m a 7.500 rpm |
Alimentação: | Carburada |
Partida: | Elétrica |
Transmissão: | 6 velocidades |
Suspensão e rodas | |
Suspensão dianteira: | Garfo telescópico/120 mm |
Suspensão traseira: | Monoamortecida/115 mm |
Chassi: | Aço |
Pneu Dianteiro: | 110/70-17 |
Pneu Traseiro: | 130/70-17 |
Dimensões e capacidades | |
Peso a seco: | 173 kg |
Comprimento: | 2080 mm |
Largura: | 820 mm |
Altura do Banco: | 790 mm |
Distância entre Eixos: | 1405 mm |
Capacidade do tanque: | 20 litros |
Preço (FIPE, fevereiro de 2021) | |
1993 | R$ 5.114,00 |
2009 | R$ 10.646,00 |