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Diferente dos carros, as motos elétricas ainda têm um longo caminho a percorrer em termos de desenvolvimento. Afinal, atualmente elas possuem uma série de limitações que prejudicam seu uso, sobretudo relacionadas a pequena autonomia. Assim, são basicamente veículos urbanos voltados para curtas distâncias.

Então é impossível viajar de elétrica? Conheça algumas pessoas que decidiram testar os limites de diferentes modelos em aventuras ao redor do mundo, em longas jornadas sem medo de ser feliz ou limite de paradas para carregamento. Entre os modelos escolhidos, veja 4 motos elétricas que surpreenderam na estrada.

 

1 – Cake Kalp AP entre as motos elétricas 

A lista já começa hard. Se as motos elétricas têm limitações, que tal colocá-las à prova justamente em regiões com pouca estrutura? Esse grande desafio foi encarado por Sinje Gottwald, que resolveu rodar cerca de 13 mil km na África a bordo de um modelo bem curioso. A Cake Kalk AP, é uma elétrica “Off Road”, mas com um desempenho similar ao das scooter.

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Cake Kalp AP

Cake Kalp AP que rodou pelo continente africano

Feita para tiros curtos, a velocidade máxima da Cake não passa dos 90 km/h. No entanto, a moto compensa na leveza, com apenas 80 kg e bom torque. Ou seja, esta pode ser uma escolha elétrica que de fato aguenta uma viagem.

2 – Zero DSR/X – Moto elétrica feita para viajar

Que tal então uma motocicleta big trail elétrica? A marca Zero lançou recentemente a DSR/X, modelo que produz 22,6 kgf.m de torque e potência de até 100 cv a 3.650 rpm. Ou seja, é o suficiente para atingir a velocidade máxima de 180 km/h e velocidades de cruzeiro de 160 km/h. Nada mau.

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A primeira big trail elétrica da Zero Motorcycles é tecnológica, moderna e muito potente, mas poderia ter mais autonomia para viagens

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Essa moto tem autonomia prometida é de 172 km na cidade – rodando a 89 km/h. Em rodovia a moto roda até 137 km, com velocidade média de 113 km/h. Ou seja, é uma das motos elétricas mais indicadas para viagens. Infelizmente, não está à venda no Brasil e custa mais que uma BMW R 1250 GS no exterior.

3 – Energica EVA EsseEsse9 RS

Mais uma aventura. O egípcio Ali Abdo estabeleceu oficialmente um novo recorde mundial ao realizar a viagem de moto elétrica mais longa do mundo! Ele rodou 12.749 quilômetros, numa odisseia a bordo de uma EVA EsseEsse9 RS, modelo da marca italiana Energica.

Em 2021, aventureiro marcou a maior distância já registrada rodada em uma motocicleta elétrica em 24 horas

Para quem não lembra, a Energica foi a marca que fornecia as motos elétricas do Mundial de Motovelocidade até 2022. Contudo, a moto de Abdo era uma versão com visual estilo naked. A sua edição RS topo de linha, que atinge mais de 100 cv de potência, quase 170 km/h de velocidade máxima real e alcance de 420 km com sua bateria de 21.5 kWh.

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4 – Bajaj Chetak 

Aguardada no Brasil e disponível em vários mercados, a Chetak é a principal moto elétrica da Bajaj. Além do visual simpático, o modelo se destaca por outro atrativo: o preço acessível. A scooter já custou até na casa 115.000 rúpias, cerca de 15% mais barata que a NS 160 – como é chamada na Índia a ‘Dominar 160’ vendida aqui no país.

Chetak

Chetak já foi apresentada no Brasil, mas ainda não tem data ou preço para chegar por aqui

A Chetak tem motor de 3,8 kW (5,1 cv) conectado a uma bateria de 3 kWh, o que oferece velocidade máxima limitada a 63 km/h. Entretanto, tem alcance máximo testado de 107 km. Não muito menos que os 160 km de autonomia de uma Honda Pop 110i. E como já rodaram o Brasil inteiro de Pop, por que não o fariam de Chetak?

Fernando Santos
Jornalista amante do mundo da moto, vivendo destinos e sons. Ávido por novidades e crescido com o cheiro de motor dois tempos. [email protected]